AgroBit 2021 começa nesta terça(9)

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Abre nesta terça-feira, dia 9, a 4ª edição do AgroBIT Brasil Evolution 2021,em formato virtual, com programação também no dia 10, quarta. Sócios da Sociedade Rural do Paraná (SRP), parceira na realização do evento, podem se inscrever gratuitamente através do site do evento www.agrobitbrasil.com.br, utilizando  o voucher SRPNOAGROBIT

Um dos principais painéis do evento será sobre as foodtechs - novas startups que estão transformando o setor de alimentos- que conta com a participação do executivo da Aleph Farms, Gary Brenner.

Executivos da Food Tech Hub Latam e Aleph Farms mostram  o avanço tecnológico da cadeia produtiva de alimentos

As foodtechs, startups em evidência no mercado de alimentação, são tema de um dos principais painéis da quarta edição do AgroBIT Brasil Evolution 2021. Com novas tecnologias e inovações em toda a cadeia produtiva, essas startups revolucionam o processamento dos alimentos, atendendo as necessidades do novo consumidor, que cada vez mais quer levar uma vida saudável e sustentável.

Nesse cenário, as foodtechs têm agregado valor ao setor e se destacado de forma importante no mercado, seja no desenvolvimento de novos alimentos, no preparo ou na entrega. Em expansão, a expectativa é que este setor movimente R? 980 bilhões até 2022.

Um exemplo de foodtech bem-sucedido, a Aleph Farms, um dos principais players mundiais em carne cultivada, será um dos cases apresentados no AgroBIT Brasil Evolution, que acontece nos dias 9 e 10 de novembro, no formato virtual experience. O executivo da empresa, Gary Brenner, contará a história da startup israelense, que recentemente fechou parceria com a BRF para a produção de carne cultivada.

A produção deste tipo de carne começa com a obtenção de células de alta qualidade de animais, porém sem o abate. As células são cultivadas fora do corpo do animal com o fornecimento de nutrientes e ambiente propício para seu desenvolvimento.

Em sua participação no AgroBIT, Brenner vai falar sobre o ecossistema global de carne cultivada, a importância das aprovações regulatórias e investimento de capital, além da parceria com a BRF. "A BRF é parceira estratégica e investidora da Aleph Farms. Atualmente, estamos trabalhando em pesquisas com consumidores e conhecendo o cenário regulatório", afirma Gary Brenner.

Segundo ele, o investimento da BRF faz parte da segunda rodada de captações da startup israelense que levantou US? 105 milhões entre diversas companhias pelo mundo. Na primeira rodada, os aportes totalizaram US? 12 milhões.

Dentro deste cenário de novas proteínas, assim como a carne vegetal, o consumo de carne cultivada está alinhado a uma alimentação saudável e sustentável.

Food Tech Hub Latam

Na avaliação do fundador e CEO da Food Tech Hub Latam, Paulo Silveira, a transformação no setor alimentício está sendo direcionada pelo mercado consumidor. "É o consumidor que está demandando novos produtos, conceitos e posicionamentos. Ele quer produtos mais nutritivos, sustentáveis, com baixa emissão de carbono", afirma Silveira.

"Nessa transformação dos sistemas alimentares temos alguns segmentos que fazem parte dessa demanda do novo consumidor, que são os produtos com mais proteínas e neste campo entram as proteínas vegetais, mas também tem a grande transformação de produtos de células, o meat cell, e produtos biofermentados, sempre com foco em nutrição", explica Silveira.

Atualmente o setor de proteínas em geral está dominando o mercado de foodtechs. "Na Europa e Ásia, além das proteínas vegetais existe o desenvolvimento das proteínas de inseto e, no Brasil, não podemos deixar de mencionar as proteínas de carnes.

Silveira acrescenta ainda que há também o mercado de novos ingredientes. "O consumidor está querendo o clean label (rótulo limpo, produtos feitos com ingredientes naturais). E o Brasil, com a sua biodiversidade, pode dominar este mercado na área de ingredientes novos. Existe também uma oportunidade para o food loss (redução de perda de alimentos no campo) e o food waste (redução de desperdício de alimentos na cadeia, além do campo) e foodsafe (segurança alimentar). A janela de oportunidade em novos produtos e processos é imensa para as empresas brasileiras", visualiza Silveira.

São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são os estados com maior concentração de foodtechs no Brasil. Silveira acredita que o mercado poderia ser mais atrativo se houvesse mais investimento. "Os fundos de venture capital ainda não entenderam o processo de foodtechs. Agtech é uma coisa, foodtech é outra. Na agtech, você faz uma solução na palma da mão, na tela de um celular e na foodtech você tem que ter uma fábrica, uma estrutura produtiva. É um processo mais longo que, às vezes, constrange um pouco os investimentos", explica.

Entretanto, Silveira percebe que a cada ano cresce o interesse no setor. Tanto que na agenda de inovação do Ministério da Agricultura foi incluído formalmente o foodtech. "Esse é um marco fundamental, além de estar em consulta pública o Plano Nacional de Proteínas Alternativas. Isso é bom para toda a cadeia", ressalta Silveira.

MAPA

Na análise do coordenador-geral de Inovação Aberta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Daniel Trento, as foodtechs estão conquistando cada vez mais espaços e agregando valor à produção de alimentos, alinhadas às demandas do consumidor, que preserva as questões inerentes da sustentabilidade e da saudabilidade".

Daniel Trento será o moderador do painel "Foodtech - Transformação Tecnológica do Setor Alimentício", no AgroBit Brasil Evolution 2021. Também participam do painel os palestrantes Paulo Silveira, da FoodTech Hub Latam, e o israelense Gary Brenner, executivo da Aleph Farms, com sede em Rehovot, Israel.

Para Daniel Trento, o Brasil pode agregar valor e gerar novos produtos valorizando a biodiversidade e a grandeza da produção agropecuária brasileira, por meio do processamento de alimentos. "E neste aspecto, as foodtechs são de fundamental importância para o futuro da alimentação do Brasil e do mundo. Assim como hoje somos um grande produtor de commodities, o Brasil também pode ser um grande produtor de alimentos transformados", compara.

Sebrae

Trabalhando no desenvolvimento de empresas de base tecnológica voltadas para o setor do agronegócio, a Regional do Sebrae em Londrina vem percebendo o potencial que existe na transformação dos alimentos produzidos pelo agro em alimentos com diferenciação.

"Entendemos que há espaço para embarcar muita tecnologia e agregar cada vez mais valor no que é produzido na nossa região e o Agrobit Brasil vem mostrar essas oportunidades aos produtores", enfatiza o gerente da Regional do Sebrae em Londrina, Lucas Ferreira Lima, coordenador estadual de potencialização e gestor estratégico de Agritech do Sebrae - Regional Londrina.

SERVIÇO

Painel Foodtech - Transformação Tecnológica do Setor Alimentício

Quando: 9 de novembro (terça-feira)

Horário: 14h35 às 15h25

Onde: AgroBIT Brasil Evolution 2021

Inscrições e informações: site do evento

 

fonte; ascom AgroBit 2021

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