A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou que, entre janeiro e dezembro do ano passado, as empresas do setor de biodiesel entregaram 7,34 bilhões de litros às distribuidoras, um volume quase 20% superior ao comercializado em 2022 e cerca de 7,7% superior ao seu melhor desempenho, registrado em 2021.
Importante que o aumento da mistura de 10% de biodiesel para 12% (B12) anunciado no começo do ano passado não pegou o setor de surpresa porque já estava preparado para, com os investimentos feitos, atender uma demanda de B15, conforme evolução prevista em resolução anterior e interrompida em abril de 2021.
“Não faltou matéria-prima, não faltou capacidade e sobrou qualidade ao produto ofertado em forma de mistura ao diesel fóssil nas bombas como todo o setor já previa”, disse Francisco Turra, presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio).
Estudo do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que a presença do biodiesel na matriz de ciclo diesel ajudou a evitar a emissão de 4,4 milhões de toneladas de CO2 equivalentes no segundo trimestre de 2023, quando a mistura obrigatória do biocombustível cresceu para 12%.
De acordo com Turra, os benefícios de descarbonização seriam ainda maiores se a mistura prevista de B15 (proporção de 15% de biodiesel na mistura com diesel) tivesse sido cumprida. Atualmente, a mistura apresenta 12% de biodiesel (B12).
Fonte: Canal Rural