A taxa Selic exerce influência abrangente, impactando empréstimos, retornos de investimentos e a flutuação do dólar. Juros mais elevados tornam o Brasil atrativo para investidores estrangeiros, valorizando o real com a entrada de capital. O oposto ocorre com a queda da Selic, desvalorizando o real e valorizando o dólar.
André Fernandes, da A7 Capital, enfatiza que o câmbio, especialmente o dólar, é influenciado por várias variáveis, embora haja alguma correlação com a Selic. A taxa de juros é apenas um dos muitos fatores que afetam a moeda. “Há uma certa correlação entre Selic e o dólar, mas essa é uma de diversas variáveis que impactam a moeda”, ressalta.
A trajetória da moeda norte-americana é influenciada pela queda da Selic e pelas ações futuras do Fed, o banco central dos EUA. O dólar pode ser pressionado a permanecer forte se o Fed não reduzir os juros nos EUA em breve. No entanto, fatores como aumento nas commodities e melhorias fiscais no Brasil podem resultar em queda do dólar.
Segundo André Fernandes, é improvável que o dólar alcance R$ 5 este ano, atualmente em torno de R$ 4,90. Isso leva em conta o cenário fiscal, política monetária atual e o impulso das commodities, além da sazonalidade histórica de remessas no segundo semestre. O dólar está confortavelmente situado entre R$ 4,80 e R$ 4,90, e provavelmente permanecerá nesse intervalo.
“Isso considerando o cenário fiscal, a atual política monetária e a retomada de alta das commodities, como o petróleo. Além disso, o segundo semestre historicamente tem uma maior demanda por remessas para o exterior de empresas que tem filiais aqui. Acredito que o dólar se encontra hoje em uma zona de conforto, na faixa dos R$ 4,80 a R$ 4,90, e não deve sair disso”, conclui. As informações são do inteligenciafinanceira.com.br.
Fonte: Agrolink