Os embarques de soja e milho no primeiro semestre deste ano serão recordes. De acordo com o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, o mundo está antecipando a compra desses dois grãos e tem recorrido ao Brasil para se abastecer.
Nos primeiros seis meses deste ano, faltando dez dias para fechar junho, o país embarcou 57,7 milhões de toneladas de soja. Até então, a maior quantidade havia sido registrada em no primeiro semestre de 2020.
"No entanto, considerando o ritmo e o volume de embarque dos primeiros 20 dias de junho, vamos chegar em torno de 64 a 65 milhões de toneladas de soja embarcadas no semestre", afirma.
Embarques de milho
Quanto ao milho, foram carregados 11 milhões de toneladas nos primeiros seis meses deste ano, número significativamente superior ao maior reporte até então, de 2019, com 8,8 milhões de toneladas.
“Em números totais, considerando soja e milho, a expectativa é fechar o primeiro semestre em torno de 75 milhões de toneladas. Nunca se chegou nem perto disso na história das exportações brasileiras”, destaca Ferreira.
De acordo com ele, soja e milho são um termômetro da demanda mundial pelos produtos do agronegócio brasileiro.
Crescimento da soja brasileira
O diretor do Canal Rural lembra que há nove anos, em 2014, o Brasil exportou 31 milhões de toneladas de soja no primeiro semestre do ano, ou seja, o país mais do que dobrou os embarques da oleaginosa no período.
Quanto ao milho, também de janeiro a junho de 2014, foram exportados 5,1 milhões de toneladas do cereal. Nestes seis primeiros meses de 2023, os números devem totalizar entre 12 e 13 milhões de toneladas, aumento superior a 100%.
“Ou seja, o mundo precisa do Brasil para atender a demanda de proteína vegetal quando falamos de soja e milho, lembrando que essas duas commodities não são mais apenas para alimentação humana e animal, mas também são sinônimos de energia”.
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