Há dois anos as equipes do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar-Emater) vêm implementando a proteção de fontes, apoiadas no Sistema de Geoprocessamento. A ação é feita em parceria com prefeituras, Sanepar, colégios, universidades, faculdades, clubes de serviço e famílias rurais. Na região de Londrina, Alvorada do Sul foi o primeiro município a ser beneficiado pelo trabalho, dentro do Projeto Água Limpa.
A propriedade da agricultora Thais Goulart da Silva recebeu extensionistas, funcionários da prefeitura e agricultores para a atividade de proteção de fontes. Os técnicos aplicaram a técnica do solo cimento, usando pedras, solo do local e cimento para isolar três nascentes e evitar a sua contaminação. As áreas das fontes passaram por uma limpeza e receberam pedras irregulares (pedra ferro, sem fundo amarelo) que funcionarão como um filtro físico. Na sequência, fez-se a colocação dos canos e, por fim, as nascentes foram lacradas com uma mistura de solo com cimento (três partes de solo para uma parte de cimento). A propriedade de Thais vai servir de modelo para interessados em proteger suas fontes.
De acordo com o extensionista Reinaldo Neris dos Santos, a prefeitura de Alvorada do Sul vai ceder o material necessário e o IDR-Paraná vai orientar os interessados a fazer a proteção de fontes em suas propriedades. Ele informou também que está sendo feito um cadastro dos produtores interessados em ter uma nascente protegida. Santos acrescentou que os agricultores serão orientados sobre algumas práticas que melhoram a infiltração da água no solo como o Sistema Plantio Direto de qualidade, o manejo do solo, a proteção da mata ciliar e a rotação de culturas. A intenção é atender todos os produtores assistidos pelo IDR-Paraná.
O projeto Água Limpa em Alvorada do Sul é liderado e executado pelo IDR-Paraná, Instituto Água e Terra (IAT) e Prefeitura. Estudantes da Universidade Pitágoras e da UNOPAR-Campus Arapongas também participam da atividade. O trabalho de proteção das nascentes é coordenado pelo extensionista Ricardo Augusto da Silva de forma compartilhada com todos que aderiram ao projeto. Com o sistema de geoprocessamento, os extensionistas têm informações precisas sobre a localização e vazão de cada nascente.
Fonte Ascom IDR-PR