Preocupado com a decisão do Estado do Paraná de suspender, de forma isolada, a vacinação contra a febre aftosa já este ano, o agropecuarista André Carioba conta sua triste experiência, ocorrida em 2005.
Ele relata em mais um vídeo da campanha “Aftosa. Consciência e Responsabilidade “ que, naquele ano, com o alarme falso da doença, abateu 1950 animais que estavam em confinamento, sem nenhum sintoma da doença. Com isso, lembra, 270 toneladas de carne foram enterradas. A propriedade da família ficou interditada por cerca de oito meses, inviabilizando o giro de mais de 8 mil animais e de financiamento para o plantio de soja e milho.
“Antecipar o fim da vacinação não representa ganho extra para o produtor rural. É uma medida que pode comprometer toda a cadeia do agronegócio no Estado do Paraná com sérias consequências econômicas”, avalia.
A Sociedade Rural do Paraná produziu uma série de quatro vídeos gravados por seus diretores e esse quinto, gravado pelo agropecuarista, alertando sobre suas preocupações com o fim da vacinação no Estado.
O presidente da entidade, Antonio Sampaio, destaca que a SRP não é contra o fim da vacinação, mas defende que seja de acordo com o Plano Nacional de Erradicação de Febre Aftosa desenhado pelo Mapa. Nele, o Paraná está inserido no Bloco V, junto com os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (que já tem o status de livre de aftosa sem vacinação). A previsão é que a vacinação seja suspensa nesse bloco em 2021. No entanto, o governo do Estado levou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a solicitação de antecipar o fim da vacinação no Paraná, de forma isolada, ou seja, sem os outros estados do bloco.
Esse isolamento preocupa a SRP, pesquisadores e mais cerca de 40 entidades. Na campanha, a entidade mostra sua preocupação com a medida e aponta suas razões. Todos os vídeos estão disponíveis no site WWW.srp.com.br.