Protesto

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Um protesto contra a instalação de uma praça de pedágio, no Km 57 da PR-445 foi realizado na manhã deste sábado, 20, nas proximidades do local – em frente ao antigo posto Serrinha -  por moradores de Tamarana, dos distritos e patrimônios da zona sul de Londrina,  lideranças, produtores rurais e políticos. A Sociedade Rural do Paraná (SRP) esteve representada pelos diretores de avicultura, Arnoldo Bulle e de suinocultura, José Luiz Vicente da Silva e pelo conselheiro, Ilson Romanelli.

O projeto do modelo de pedágio foi desenvolvido pelo Ministério da Infraestrutura e prevê 15 novas praças de pedágio no Paraná. Os contratos atuais terminam em novembro e os próximos contratos teriam vigência de 30 anos. A população não concorda com diversos pontos do projeto de concessão  das rodovias e vem realizando manifestações. A posição da comunidade tem o apoio da frente parlamentar do pedágio da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP).  Segue abaixo carta aberta resultado do manifesto.

 CARTA ABERTA DA COMUNIDADE DE LONDRINA

NÃO AO PEDÁGIO NA PR 445

Indignação. Revolta. Desrespeito aos londrinenses. Prejuízos irreparáveis a Londrina, Tamarana e outras cidades do Norte do Paraná. É assim que a comunidade está reagindo e avaliando uma possível instalação de praça de pedágio na PR 445, dentro do município de Londrina, como indica o Ministério de Infraestrutura no estudo sobre as novas concessões de rodovias do Paraná.

A população da região não pode ser ainda mais penalizada. Atualmente, são cinco praças de pedágio no deslocamento de Londrina a Curitiba. Até o Porto de Paranaguá e Litoral do Estado são seis praças. Não dá para aceitar a cobrança de mais um pedágio nesses trajetos. Isso representa mais uma barreira para o desenvolvimento de Londrina e região.

A comunidade está iniciando a mobilização e vai fazer o que for preciso para não permitir a instalação de pedágio na PR 445. Depois de décadas de reivindicação e luta, a rodovia começou a ser duplicada, de Londrina a Mauá da Serra. O primeiro trecho até o distrito de Irerê aproxima-se da fase final e os projetos para os próximos dois (Irerê-Tamarana e Tamarana-Mauá da Serra) estão contratados. É um disparate: agora que a duplicação começou o governo quer cobrar pedágio da população?

Outro grave problema: a praça de cobrança vai interferir diretamente do dia a dia de milhares de pessoas. Trabalhadores, produtores rurais, comerciantes, empresários, estudantes, famílias e tantos outros cidadãos que se deslocam diariamente pela PR 445, indo e voltando da área urbana de Londrina. A maioria dos distritos e patrimônios da zona rural fica na região Sul, onde se pretende colocar pedágio.

Dos oito distritos de Londrina, sete serão brutalmente prejudicados com o pedágio na PR 445: Espírito Santo, São Luiz, Guaravera, Maravilha, Irerê, Paiquerê e Lerroville. Também serão afetados patrimônios como Regina, Guairacá, Taquaruna, Limoeiro e muitas outras localidades rurais, além de toda a área urbana do município. Dos aproximadamente 70 quilômetros da rodovia PR 445, desde as proximidades do bairro União da Vitória até Mauá da Serra, mais de 50 km estão dentro do território de Londrina.

Diante tantos outros percalços que o pedágio representa para Londrina, Tamarana e ao Norte do Paraná, lideranças políticas, empresariais, comunitárias, produtores rurais, comerciantes e a população pedem ação imediata do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, para impedir a instalação da praça de cobrança da PR 445. O presente documento apela ao bom senso, à sensibilidade política e social, ao respeito e reconhecimento de V.Excia. pela nossa região.

Certos de sermos atendidos por V.Excia, na justa solicitação de da comunidade, colocamo-nos à disposição para conversarmos sobre o tema e também sobre a importância da completa duplicação da PR 445 para o futuro das atuais e próximas gerações de paranaenses que residem no Norte do Estado.

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