O rebanho bovino brasileiro cresceu 4,3% em 2022 e atingiu um novo recorde, de 234,4 milhões de cabeças. É o maior patamar da série histórica da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), iniciada em 1974. A edição de 2022 foi divulgada nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Estado de Mato Grosso manteve-se com o maior detentor de rebanho bovino no país, com 34,2 milhões de animais ou 14,6% do total do país. O Pará, por sua vez, avançou uma posição e chegou à vice-liderança do ranking, com 24,7 milhões de cabeças (10,6% do rebanho nacional). Em terceiro lugar, vem Goiás, com 24,4 milhões de cabeças ou 10,4% do rebanho nacional.
Já as exportações de carne bovina in natura atingiram recorde em 2022, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com expansão de 27,6% em volume e de 48,2% em faturamento. A China foi o principal destino.
“A situação foi favorável para exportações. Com o aumento de animais, aumenta o abate para ter mais carne para ser exportada, que é o mercado com maior retorno”, diz Mariana Oliveira, supervisora da pesquisa.
Na análise pelas grandes regiões, o Centro-Oeste responde por um terço (32,9%) do rebanho nacional, com 77,2 milhões de cabeças de gado, e segue como a principal região neste quesito. Já a região Norte ocupa o segundo lugar, com 60,6 milhões de animais, com o maior crescimento entre as regiões na passagem entre 2021 e 2022, de 8,8%.
Juntas, as duas regiões respondem por 58,8% do rebanho nacional – Centro-Oeste, 32,9% e Norte, 25,9% de participação. A terceira maior quantidade estimada de animais se encontra no Sudeste (16,6% do total nacional, ou 38,9 milhões).
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil tem o segundo maior efetivo de bovinos do mundo e é também o segundo maior produtor mundial de carne bovina. Em exportações, o país é líder mundial.