O Ministério da Agricultura manteve a sua previsão de que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deste ano deve atingir R$ 1,151 trilhão, 2,2% maior que o de 2022, que foi de R$ 1,126 trilhão. Em nota, a pasta informou que o VBP da agricultura para 2023 está previsto em R$ 811,7 bilhões, aumento de 4,2% ante ano passado. O faturamento da pecuária é projetado em R$ 339,9 bilhões, queda de 2,1% na comparação anual.
Segundo o ministério, a produtividade e a safra recorde impulsionam o crescimento da receita agropecuária.
De acordo com o ministério, o aumento do VBP da agricultura deste ano será impulsionado principalmente pelo aumento da produção e/ou de preços das seguintes culturas soja (+2,9%), cana-de-açúcar (+17,2%), arroz (+17,8%), amendoim (alta real de 17,6%), banana (+15,9%), cacau (+19,5%), laranja (+18,0%), mandioca (+42,4%), tomate (+23,0%) e uva (+14,5%).
Os produtos com maior destaque na contribuição positiva ao VBP são soja, milho, cana de açúcar, café e algodão, que representam 81,9% do VBP das lavouras. Do lado negativo, o ministério observa desempenho abaixo do desejado de algodão, batata-inglesa, café e trigo, em virtude de retração dos preços destes produtos.
Na pecuária as contribuições vieram da produção de suínos, leite e ovos. Carne bovina e de frango não têm apresentado bons resultados neste ano, segundo a pasta.
Regionalmente, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás lideram a receita da agropecuária, respondendo por 59,8% do total.
2024
Em contrapartida, para o próximo ano, o ministério já vislumbra uma queda de 5,3% no valor bruto da produção agropecuária, para R$ 1,091 trilhão.
“Ainda é cedo para prognósticos sobre o Valor da Produção para o próximo ano, tendo em vista as ocorrências climáticas. Excesso de chuvas e períodos secos trazem grandes incertezas. Os primeiros prognósticos não são muito otimistas, pois têm indicado uma safra menor do que a obtida em 2023. Algodão, café, feijão, milho soja e trigo são os produtos que devem apresentar as maiores baixas”, ponderou o ministério.
Fonte: Dinheiro Rural