De acordo com o relatório Deep Tech Radar LATAM 2025, elaborado pela Emerge, o Brasil concentra 72,3% das startups de inovação científica da América Latina, o equivalente a quase sete em cada dez empreendimentos desse tipo na região. O levantamento aponta que o país reúne 952 deep techs, número que confirma sua posição de liderança no cenário latino-americano e reflete a robustez da produção acadêmica e científica nacional
Para Tatiana Fiuza, diretora de Inovação da Sociedade Rural do Paraná, o cenário demonstra que o país está construindo uma trajetória promissora. “Nossos pesquisadores estão entre os mais bem ranqueados do mundo, mas ainda enfrentamos o desafio de transformar conhecimento em impacto produtivo. O fato de termos muitas deep techs é um sinal de avanço, pois mostra que estamos conectando pesquisa de ponta com demandas reais do mercado.”
A GO SRP, aceleradora da Sociedade Rural do Paraná, tem se consolidado como um ator relevante no fomento ao empreendedorismo científico no agronegócio. Em 2025, a aceleradora iniciou o quinto ciclo com as startups vencedoras do Hackathon Smart Agro, na Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina.
“Nosso papel é auxiliar esses pesquisadores a estruturar suas soluções e conectá-las às necessidades do mercado agro. Os resultados têm sido muito positivos, demonstrando que o ecossistema tem capacidade de gerar inovações mais robustas para o setor”, destacou Tatiana.
Além do aporte financeiro na metodologia, a Sociedade Rural do Paraná oferece infraestrutura de coworking no Cocriagro, hub de inovação da entidade, e coloca à disposição as fazendas dos diretores da entidade para testes e validação das tecnologias em campo. Essa imersão no ambiente real de produção agropecuária garante às startups condições ideais para desenvolver, testar e ajustar suas soluções antes da inserção no mercado.
Olhando para o futuro, a Sociedade Rural do Paraná pretende ampliar ainda mais sua atuação como catalisadora de inovação. A entidade aposta em fortalecer conexões entre pesquisadores, startups, empresas e produtores, criando um ambiente colaborativo e dinâmico.
“Queremos transformar conhecimento científico em impacto para a sociedade, gerando competitividade, sustentabilidade e novas oportunidades para o agro e para as novas gerações de empreendedores”, completa a diretora.
Foto:Henrique Campinha