A pesquisa que deu origem à Remush, startup que faz parte do quinto ciclo da GO SRP, aceleradora da Sociedade Rural do Paraná, foi uma das dez selecionadas pelo programa Prime, Propriedade Intelectual com Foco no Mercado, do Governo do Estado do Paraná. A iniciativa destina R$ 2 milhões em recursos para fomentar a transformação de pesquisas acadêmicas em soluções com potencial de mercado, sendo que cada projeto finalista recebeu R$ 200 mil para investir em desenvolvimento tecnológico e validação de mercado.
A pesquisa da startup nasceu de um projeto desenvolvido pela mestranda Letícia Fernandes Gonçalves, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O estudo propõe a produção de um micromaterial a partir de resíduos agroindustriais e fungos, que contribui para o crescimento vegetal e auxilia na retenção de água no solo. A solução alia sustentabilidade e inovação, com foco em práticas de cultivo mais eficientes e ecológicas.
A iniciativa entrou para o ecossistema de inovação da SRP a partir da participação no Hackathon Smart Agro 2025, realizado durante a 63ª ExpoLondrina.
“Ver a pesquisa da Remush chegar até aqui é muito significativo. O projeto nasceu dentro da UEL, passou pelo Hackathon e hoje ganha espaço no mercado com potencial de impacto real para o agronegócio. É a prova de que a ciência feita nas universidades pode e deve chegar às pessoas e transformar o campo”, afirma a Letícia.
Nesta edição do Prime, 120 pesquisadores participaram da primeira fase do programa. Desses, 35 avançaram para a segunda etapa, e 10 chegaram à fase final, que garante mentorias individuais e o aporte financeiro para cada projeto.
“É um reconhecimento que fortalece o propósito da GO SRP de fomentar a inovação e impulsionar o desenvolvimento sustentável do agronegócio. Essa conquista demonstra que, quando ciência, empreendedorismo e mercado caminham juntos, o resultado é a criação de soluções concretas, capazes de transformar realidades e gerar valor para todo o ecossistema”, destaca Tatiana Fiuza, diretora de Inovação da Sociedade Rural do Paraná.
“O apoio do Estado em chamadas de inovação é fundamental para que startups com base científica avancem no desenvolvimento de tecnologias que podem transformar o agronegócio e fortalecer a competitividade do Paraná”, complementa.
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