Exportações impulsionam o mercado de milho no Brasil

Segundo o especialista da Grão Direto, Ruan Sene, o frete terá aumento. Com o corte das exportações de Diesel pela Rússia não vai faltar produto, pois temos outros fornecedores, porém tende a encarecer já que a aquisição dependerá de outras origens. Como a logística brasileira é em quase sua totalidade rodoviária, poderá ser notado aumento nos preços de frete.

No mesmo sentido que a soja, o milho norte-americano entra agora em sazonalidade de baixa nas exportações, por conta do avanço na colheita. A baixa demanda pelo milho americano pode contribuir para que essa sazonalidade seja mais intensa.

Comercialização desaquecida no Brasil, o mercado de milho brasileiro está morno e não há estímulos à frente que tendam a mudar esse cenário.  Os produtores estão, no geral, relutantes em vender nos preços atuais, enquanto os compradores fizeram bom estoque e não estão dispostos a subir os preços para originar. As vendas têm sido engatilhadas por questões como falta de espaço de armazenamento ou contas a vencer que demandam caixa. Como a safrinha está praticamente finalizada, gatilhos como espaço e caixa já não têm tanta influência, com os estoques definidos e as contas já pagas.

Alta oferta de trigo no mundo, a Rússia colheu sua maior safra de trigo da história, enquanto os EUA seguem colhendo o trigo de primavera já perto da conclusão. A chegada do cereal no mercado internacional tem feito uma pressão de baixa adicional para as cotações de milho perante  a competição da proteína do milho com a proteína do trigo.

Com a proximidade do término da colheita e um ritmo do mercado interno desacelerado, as exportações podem continuar movimentando os preços, aquecendo a demanda e podendo trazer valorização nas cotações brasileiras.

FONTE: Grão Direto

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