Governo anuncia fim da Vacinação da Febre Aftosa no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina assinaram na manhã desta terça-feira (15), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, Instrução Normativa do Mapa suspendendo as campanhas de vacinação contra febre aftosa em rebanhos bovinos e de bufalinos no Paraná. Já a partir de novembro o rebanho de 9,2 milhões de bovinos e bufalinos do estado não será mais vacinado contra a febre aftosa. As campanhas eram realizadas duas vezes por ano: em maio e novembro.

A Instrução Normativa traz também a proibição do uso e a comercialização de vacinas contra a febre aftosa no Paraná já a partir do próximo 31 de outubro. Segundo o chefe da Divisão de Febre Aftosa do Ministério, Diego Viali dos Santos, as doses de vacinas contra a febre aftosa estocadas no Paraná serão remanejadas pela iniciativa privada para os estados que ainda irão aplicar o produto.

Outra restrição que a Instrução Normativa anuncia é o controle do ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa no Paraná, bovinos e bubalinos, medida que passa a vigorar a partir de 01 de janeiro de 2020. Posteriormente, quando houver o reconhecimento nacional do estado como livre de febre aftosa sem vacinação, assim como já ocorre em Santa Catarina, as demais regras de trânsito de animais suscetíveis à febre aftosa e seus produtos passará a vigorar conforme legislação vigente.

O presidente da Sociedade Rural do Paraná Antônio de Oliveira Sampaio reafirma que a SRP é contra o fechamento das fronteiras e a não vacinação contra a febre aftosa neste momento. Esta posição tem base em estudos técnicos científicos e tem sido a mesma nos últimos anos.

“Entendemos que esta normativa vai contra os interesses da pecuária bovina paranaense, tem um risco sanitário muito grande e isto não vai refletir em ganhos para o produtor, além da questão genética que também será prejudicada, entre outras coisas, o rebanho perde sem a entrada de sangue novo”, argumenta Sampaio.

O presidente reforça que não existe nesta posição nenhuma rivalidade ou sistemática de enfrentamento; é apenas um entendimento diferente sobre esta questão, “o governo acredita que ganhar o status de livre aftosa sem vacinação é importante e nós entendemos que não compensa o custo, mas acataremos as regras e determinações e queremos que tudo funcione bem”.

 Fontes: Aen - PR / Mapa e Ascom SRP

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